a doppelgänger de a.
ontem pensei em a., uma ex-colega de trabalho.
hoje, pro meu espanto, esbarrei com a sua doppelgänger: uma mulher com o mesmo tipo físico, além de um olhar e trejeitos muito parecidos.
entendi como um aceno gracioso do destino, ao qual agradeço.
a. é uma pessoa por quem nutro muita admiração, mas também uma pontinha de inveja: quando trabalhávamos juntos, dividíamos um ambiente muito tóxico, mas pelo qual ela sempre soube navegar muito bem.
qual seria a origem de tanta leveza e liberdade?
na época, ela vivia numa pequena cidade litorânea e encarava um deslocamento desafiador até o trabalho, mas não trocava essa rotina por nenhuma outra. era dona um sorriso e de um espírito muito solares.
além disso, a despeito das expectativas do cnpj que nos empregava na ocasião, a. não tinha um smartphone, mas um dumbphone simplinho através do qual só podia se comunicar por telefonemas e mensagens sms.
a pessoa mais analógica – e uma das mais felizes – que conheço, talvez?
hoje, apesar de estarmos milhares de quilômetros distantes um do outro, eu matei uma pontinha da saudade que sentia dessa ex-colega.
foi o jeito que o universo encontrou de nos reconectar.