pra dormir melhor
Estou fazendo um experimento: agora, na hora de dormir, deixo o telefone em outro cômodo da casa. No quarto, além do armário e da cama, tenho apenas uma luminária com dimmer – dessas que você consegue ajustar pra emitir uma luz difusa e suave – e a leitura da vez, que pode ser tanto um livro físico quanto uma edição digital no Kindle.
O resultado tem me surpreendido. Como era de se esperar, passei a dormir melhor e por mais tempo e a acordar com mais disposição, e voltei a ler sempre que vou me deitar e ao acordar. Quando uso o Kindle, leio no modo escuro, já que a luz indireta e ajustada para baixa intensidade é mais gentil com os olhos. O livro atual (Imagens imóveis, de Janet Malcolm) também ajuda, já que, como os capítulos têm quase todos a mesma extensão, a leitura acontece em blocos geralmente curtos e previsíveis.
Quando me levanto, emendo em outra sequência de cuidados que, apesar de não serem novidade, se encaixaram melhor na nova rotina: a atenção com a pele. Lavo, hidrato e protejo o rosto antes mesmo de começar o dia. Tenho uma dermatite crônica que dá as caras sempre que o estresse transborda, mas o tratamento prescrito tem ajudado, junto ao uso de alguns produtos comuns, a controlar as inflamações e, consequentemente, recuperar a minha autoestima um pouco mais rápido.
Parte da inspiração pra tentar me reeducar vem de uma amiga. Ela é tradutora e trabalha há muitos anos de casa, sempre na frente do computador. Faz quase duas décadas que a gente se conhece e que ela adota a mesma filosofia de encarar o quarto como lugar sagrado de descanso: um armário, a cama, uma luminária e nada mais.
Por conta do trabalho, vou ter de ajustar detalhes dessa rotina já na próxima semana, mas espero continuar conseguindo priorizar um pouco de calma no meu dia.