um rabugento a menos
o tiktok não é o fim do mundo, mas talvez seja o seu prenúncio.
como bom millenial, em cinco anos não me habituei a usá-lo espontaneamente nem a buscar conteúdo por lá, mas ainda mantinha o app no telefone pra não deixar amigos e familiares no vácuo.
até três dias atrás, quando excluí minha conta em definitivo.
sucumbi à exposição a conteúdo ansiógeno e oportunista, e aos abusos à minha privacidade que, mesmo estando previstos nos t&c, não deixam de se sofisticar e ser mais inconvenientes a cada dia.
sem falar na experiência de quase-morte que é abrir o app.
sei que o hiperestímulo e a poluição visual e sonora são a tônica das redes, e que em tese é possível “treinar” o algoritmo, mas a verdade é que a exposição a essa lógica é quase inescapável. é parte do jogo.
enfim, mais um passo dado rumo ao nirvana da rabugice.